Indiferença religiosa. Sem religião.

Todo aquele que professa uma religião, embora falsa, ao menos demonstra o desejo de honrar de algum modo a divindade, e pode ser que esteja involuntariamente em erro.

Mas, quem não quer ter religião alguma, manifesta não querer servir a Deus de nenhum modo; revolta-se contra Deus e nega-lhe toda a homenagem.

Um homem sem religião não merece confiança alguma; pois não crendo em um Deus que premeia ou castiga, tratará unicamente de satisfazer as próprias paixões, sem respeitar os direitos alheios. Procurará enriquecer, não se importando de empregar meios ilícitos; entregar-se-á facilmente à obscenidade cometendo as maiores infâmias.

A única norma de sua conduta será o prazer e o interesse; si para consegui-los for necessário cometer ações indignas, cometê-las-á; em tal caso, seu maior cuidado será procurar não ser descoberto.

A falta de honradez, de justiça, e de outros bons costumes provêm da falta de religião.

É lógico: si outra vida não houvera além da presente, nosso supremo anceio seria gozar da vida o mais que nos fosse possível, valendo-nos de todos os meios ao nosso alcance.

A virtude, que exige mortificação e abnegação, seria uma loucura.

Si todos procurassem conhecer e praticar bem a nossa santa religião, não haveria ladrões, assassinos, ébrios, desonestos, etc.

A religião condena todo o ato indigno, seja quem for que o cometa.

Há pessoas religiosas que têm algum defeito, como seja mau caráter, inclinação à murmuração, etc. Permite-o Deus para que sejam humildes.

Os ímpios notam estas pequenas imperfeições nas pessoas devotas e se escandalizam muito; mas não se envergonham dos inúmeros e gravíssimos pecados, que eles cometem.

Deles diz bem N. S. Jesus Cristo: “Vêem o argueiro no olho do próximo, e não vêem a trave no próprio”.

Sobre Bruno Luís Santana

Ego Catolicus Romanus sum.
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